sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Colocações! As injustiças, ultrapassagens e mentiras continuam...

Entra setembro e a conversa de todos os anos não se altera: os resultados das colocações de professores são, uma vez mais, dados a conhecer tardiamente, o número de docentes não colocados cresce e os "horários zero" voltam a aumentar. Ainda por cima, mantém-se o disparate de "guardar" os destacamentos por condições específicas para mais tarde, originando deturpações e injustiças entre os professores, pois lugares que poderiam ser para os professores do quadro (por mobilidade interna) serão ocupados por colegas contratados menos graduados! Enfim, é a mesma treta de todos os anos! Não há meio do Ministério da Educação (ME), de uma vez por todas, instituir um processo de colocação de professores justo e imune a ultrapassagens e injustiças...
Mais uma vez, o número de professores dos quadros sem turma atribuída aumenta. Isto já para não falar dos casos de milhares de professores dos quadros (sobretudo QZP) que obtêm colocação sem horário completo (bastam seis horas para lhes ser atribuído horário). Ao mesmo tempo, continuamos a assistir à forma penosa como muitos colegas com mais de 60 anos de idade (que já deveriam estar aposentados) se continuam a "arrastar" pelas escolas, fugindo à penalização da antecipação da sua reforma (perdem 6% da reforma por cada ano de antecipação). Este Governo continua a não permitir que seja instituído um novo mecanismo de reforma antecipada aos docentes (penso que 36 anos de serviço é mais do que justo!). Bastaria que muitos professores com mais de 60 anos de idade se reformassem para que os "horários zero" terminassem e para que muitos dos docentes dos quadros fossem colocados perto das suas casas e que colegas contratados com 15 e mais anos de serviço conseguissem colocação! 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Então? Já está de férias, não é?

Há quase três meses que não venho aqui escrever. O tempo escasseia e o trabalho tem sido muito! Ainda pensei em vir aqui elogiar o Ministro da Educação pela decisão tomada acerca dos colégios com contrato de associação, mas faço-o agora. É que ainda tive receio que a medida não passasse do papel... mas, efetivamente, parece que nem sequer os tribunais vão conseguir "abafar" a decisão. Há que tirar o chapéu ao Ministro e à sua Secretária de Estado que, neste processo, sempre defenderam os interesses da Escola Pública. Parabéns!!!
Pois bem, desde que as aulas terminaram que trabalho não me tem faltado! Sim, muito trabalho burocrático e que em muitas escolas (sobretudo as TEIP) é uma realidade. Já nem falo das vigilâncias de exames, que isso nem dá assim tanto trabalho. Refiro-me mesmo às reuniões que têm de ser feitas (de departamento, de grupo disciplinar, das tutorias, dos apoios, das assessorias e das inúmeras equipas de trabalho), a acrescentar aos relatórios, planos e projetos que têm de ser elaborados, mais as estatísticas, estudos e reflexões que têm de ser elaboradas... E todo o trabalho que os diretores de turma têm de fazer no final de cada ano letivo? Mais as formações que, muitas vezes, só podem ser feitas nesta altura do ano! Enfim, trabalho não me falta. E ainda tenho que ouvir tanta gente que não é professor vir com a conversa de que os professores já estão de férias... Férias? Só mesmo em agosto! E em setembro, volta-se à carga...  

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Sobre a redução do número de alunos por turma...

A falta de tempo tem-me impedido de aqui vir mais regularmente. Muitas turmas e muitos cargos é no que dá! Mas, também o facto do actual Ministério da Educação gastar mais tempo a destruir o que está feito, em vez de assumir uma postura de diagnóstico, debate e compromisso...
Quanto à última novidade apresentada pela coligação de esquerda, a redução do número de alunos por turma, nada de novo... Constitui uma medida globalmente aceite. É claro que todos concordam com a ideia de que com turmas mais pequenas, o sucesso educativo é maior! Mesmo o PSD é a favor da medida. O facto do PSD não apresentar uma proposta de lei nesse sentido não quer dizer que seja contra. O grupo parlamentar do PSD apenas referiu que desde que o Orçamento para a Educação seja cumprido, é claro que concorda com a redução do número de alunos por turma! Basta ler as declarações aqui!!! Continuo a dizer que até agora, com quase cinco meses de mandato, apenas encontro uma medida coerente e que elogio: o fim da BCE!
Mas, o que mais me chamou a atenção na proposta do PS teve que ver com o ano letivo em que se efetivará a redução do número de alunos por turma! Pois bem, no ano anterior ao das próximas eleições legislativas, que terão lugar em 2019, caso a coligação de esquerda se mantenha coesa durante os quatro anos. Que nome se dá a esta forma de fazer política? Aproveitamento político!!!
Pois bem, venha de lá a redução do número de alunos por turma. Todos ganham: alunos, professores, pais, enfim, o país! Estranho é que a proposta não se efetive já no próximo ano letivo. Mas, basta ter dois dedos de testa para perceber as razões que estão por detrás desta estratégia política... O mesmo se passa com o descongelamento das carreiras!
Entretanto, continuamos à espera de saber o que o Governo pretende fazer aos vocacionais... E já nem vale a pena falar do ressuscitar das velhinhas "Novas Oportunidades! 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

À espera do que realmente interessa...

E vão três meses e... de substancial, nada!!!
O Ministro da Educação foi rápido a decidir-se sobre o que fazer com os exames nacionais. Ou melhor, foi rápido a desfazer o que estava programado fazer-se (ainda para este ano letivo) sem ligar patavina aos pareceres do CNE, do Conselho de Escolas e de outras entidades interessadas na matéria. Aliás, como se sabe o Ministério da Educação parece ter sido substituído pela Assembleia da República que foi quem realmente despoletou a substituição dos exames nacionais pelas provas de aferição. O BE e o PCP assim o exigiram ao PS e este anuiu...
De resto, continuamos ser saber o que vai acontecer em relação aos cursos vocacionais. Continuamos sem saber se nos concursos nacionais os professores QZP`s menos graduados continuam a poder "ultrapassar" os seus colegas QA`s mais graduados. Continuamos sem saber se estão previstas alterações curriculares. Continuamos sem saber porque razão é que o OE aumenta as despesas com os contratos de associação das escolas privadas, ao mesmo tempo que corta na despesa com as escolas públicas. Continuamos sem saber tanta coisa...